19 de ago. de 2006

Dra. Elaine no Orkut

Caros amigos,

a Dra. Elaine tem uma comunidade dedicada a ela e sua licao de vida no orkut.

Convidamos todos voces a participarem, colocando tópicos que possam contribuir para uma troca sadia e proveitosa a todos.

O link da comunidade é http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=4981814

Abraco

Marina Viana
Assessora de Imprensa

Dra. Elaine no Programa do Jô

Em 17/08/2006 foi ao ar a entrevista da Doutora Elaine no Programa do Jô Soares.

Apresentamos a seguir a entrevista em duas partes:

Parte 1 de 2




Parte 2 de 2






16 de ago. de 2006

Entrevista no Jô é na quinta, dia 17/08

gente,

a entrevista no Programa do Jô vai ao ar na quinta-feira, dia 17/08.

Tenho certeza de que valerá a pena ir dormir mais tarde!

Marina

11 de ago. de 2006

No Programa do Jô!! (Em breve)

Dra. Elaine vai ser entrevistada por Jô Soares na tarde de terça-feira (15/08), nos estúdios da Rede Globo em São Paulo.

I
rá ao ar na mesma semana!!
A data de exibição não está confirmada, acompanhem a programação na terça, quinta ou sexta-feira.

No Jornal Correio Popular

Autobiografia relata trajetória de superação


Correio Popular Campinas, sábado, 5/08/2006

Caderno C


Katia Fonseca

DA AGÊNCIA ANHANGÜERA

katiaf@rac.com.br

Mulher, negra e de origem pobre, Elaine Pereira da Silva conseguiu realizar seu sonho de menina e formar-se em Medicina pela Unicamp. Mas, como disse o poeta Torquato Neto —, um dos fundadores do movimento tropicalista da década de 70 — “não se vive intensamente sem punição”. Principalmente quando se é negro num país dissimulado como o Brasil. Assim, Elaine sofreu todos os tipos de discriminação racial e econômica (e em todos os níveis sociais, de professores a faxineiros).

Sua saga, que ainda não terminou, ela conta no livro Pérola Negra — A História de um Caminho, da Editora Komedi. Os relatos abrangem os fatos mais marcantes da vida da escritora desde sua infância até 1998. “Mas nesses oito anos, do final do livro até hoje, tenho material para outra obra e já tenho até o título: Pérola Negra — Com os Pés no Mundo”, diz a médica. Fato lamentável, já que esse “material” a que ela se refere é composto, fundamentalmente, de episódios de racismo e maus tratos.

Como se fossem poucos os motivos para discriminação, além de mulher, negra e pobre, Elaine sofreu uma lesão cerebral, em 1993 (quando estava no 5 ano de Medicina), segundo ela, por negligência médica (o clínico responsável está sendo processado por ela). Após quatro dias em coma e muitas idas e vindas a hospitais, foi diagnosticado — tardiamente — neurocisticercose. “É a doença provocada por um verme presente na carne de porco que se aloja no cérebro humano”, explica Elaine. Grande parte do livro, a autora dedica a esse assunto, narrando como uma hipersonolência aliada a fortes dores de cabeça lhe incomodaram durante anos sem que qualquer médico procurado por ela tivesse visto, aí, um indício da enfermidade. Coisas de Brasil!

Pérola Negra é o testemunho de um sofrimento atroz, tanto físico quanto psicológico. A doença gerou um desequilíbrio mental temporário, o que afastou Elaine do convívio social. “Tive ao meu lado apenas Deus e dois amigos: Fabríco Caneppele e Jamiro da Silva Wanderley”, conta a médica que faz questão de citar nominalmente os dois médicos, seus mestres e grandes companheiros.

Literatura

Do ponto de vista literário, o livro de Elaine deixa a desejar. É prolixo, recheado de detalhes dispensáveis — como a íntegra de redações escritas pela autora em época escolar ou reproduções de poesias ou letras de músicas enormes e inteiras — e usa e abusa das epígrafes (120!). Mas como relato, como testemunho de vida e como raio X de uma nação subdesenvolvida econômica e socialmente, na qual impera o preconceito e a inversão de valores, é estupendo. A leitura flui — apesar dos problemas de estilo —, instigada pelo turbilhão de injustiças, contratempos e inépcia médica que, literalmente, abalrroaram a vida de Elaine.

Mal ela consegue vencer um obstáculo — seja acadêmico (precisou fazer em nove anos o curso de Medicina por causa da doença), sentimental (casamentos desfeitos, traição de amigos) ou intelectual (perda de memória, hipersonolência) — outro vem em seguida, na próxima “esquina” da vida.

Livro e palestras

Mas Pérola Negra trouxe a redenção para sua autora e, hoje, ela afirma de boca cheia: “Em 13 anos, os últimos dois meses foram os mais felizes da minha vida!”. Com o lançamento do livro, em abril deste ano, um novo mundo se abriu para a médica que diz, agora, praticar “a medicina da alma, não mais do corpo”. Seu exemplo de superação tem ajudado muitas pessoas e ela passou a ser convidada para proferir palestras, contando sua saga e deixando como mensagem algo parecido com o que já disse Fernando Pessoa: “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”.

Elaine, com 43 anos, está aposentada (obteve o benefício por causa das seqüelas da lesão cerebral) e, hoje, só faz o que gosta: clinica voluntariamente na favela da Vila Brandina aos sábados de manhã, cuida de seu cachorro e transmite sua mensagem aos desvalidos e desesperançados, no melhor estilo “auto-ajuda”. Seu mote principal: “Não desista nunca, pois ‘sonhos não envelhecem’”.

10 de ago. de 2006

O Livro: Pérola Negra - História de um Caminho




Orelha do livro escrita por Rubem Alves:

Elaine Pereira da Silva, médica: isso diz muito pouco. Há milhares de médicos com diplomas iguais. A coisa não está nem na partida e nem na chegada; está na travessia, diz Guimarães Rosa. Ser médica é a chegada, estrela que a guiou na noite escura. Mas o sangue e a carne da Elaine estão na travessia, na longa, tortuosa, descontínua e sofrida caminhada para se chegar a esse lugar. Verdade para ela; verdade para nós. Somos o caminho que nos trouxe até o lugar onde estamos. Para se saber quem somos é preciso andar pelos caminhos que trilhamos. E é isso que ela faz: ela conta o caminho. E caminhamos com ela. Negra, mulher, pobre, atingida por lesão cerebral – ela conheceu todo tipo de discriminação, discriminação universal num país que se diz sem preconceitos. Mas havia sempre pessoas amigas que lhe dessem a mão ou emprestassem o ombro. São essas pessoas que tornam a vida digna de ser vivida. Disse que ela chegou: é médica. Errado. Somente os mortos chegam. “Sou uma despedida em cada chegada”, dizia Nietzsche.

Estamos sempre a caminho. Só há caminhos. Somos caminhos. Mas, pelo caminho ela foi colhendo deliciosos aforismos retirados da poesia, da filosofia e da literatura, o que nos faz saber que enquanto caminhava através dos difíceis caminhos do aprendizado da ciência médica ela se alimentava não de ciência médica mas de sabedoria. Medicina não é pão. É panela...

Esse é um livro de sonho, sofrimento, determinação e coragem. Quem o ler ficará maior. Mas pode ser que fique diferente.

Se eu falar mais estarei saindo da orelha. O livro é o resto do corpo da Elaine.

Rubem Alves

Encomende o livro com a Dr. Elaine em Contatos.

Lançamento do livro Pérola Negra

Após superar dificuldades financeiras, problemas de saúde e preconceito, médica lança sua autobiografia

A trajetória de Elaine, marcada pela pobreza, humilhação e preconceito, mas principalmente pela superação, está contada no livro autobiográfico “Pérola Negra – História de um Caminho” (Editora Komedi), que ela lançará no próximo dia 28 de abril, a partir das 15h, no Salão Nobre da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp. A orelha do livro é assinada pelo escritor Rubem Alves. Segundo ele, quem ler o livro “ficará maior”.
A tarde de autógrafos contará com uma extensa programação artístico-cultural, que pode ser conferida abaixo. A divulgação da obra terá continuidade no dia 3 de maio, no Clube Semanal de Cultura Artística; e no dia 13 de maio, no Centro de Convivência Cultural, ambos em Campinas.

Das 15 às 16h
Grupo de Teatro "Blind and Company" encenando a peça “Consciência sim, preconceito não”

Das 16 às 17h
MPB com Henrique Torres e convidado

Das 17 às 19h
MPB com Antonio Carlos Montone

Das 19 às 19h20
Mágica com o médico Jamiro Wanderley

19h20m às 20h
Palestra e poesia "Cântico Negro" com a autora do livro

20h
Encerramento com Coral Gospel Kadmiel - Regente Nilton Silva e apresentação de dança com Paula Salles

Programação completa da festa de lançamento disponível no Jornal Integração. Clica aqui.

No jornal da Unicamp (2006)

Por que os sonhos não envelhecem
Negra, filha de pedreiro e de empregada doméstica, médica conta em livro sua dura luta pelo diploma.


Elaine Pereira da Silva deu de ombros para o destino. Negra, filha de pai pedreiro e mãe empregada doméstica, desejou desde cedo cursar Medicina. Motivo: ajudar as pessoas a se livrar da dor. Mesmo contra todos os prognósticos, alcançou o objetivo almejado. Graduou-se por uma das melhores universidades do país, a Unicamp. Hoje, aos 43 anos, precocemente aposentada por causa de uma lesão neurológica, continua assistindo de forma voluntária crianças e adultos de uma favela de Campinas. E mostra-se gratificada por cumprir a missão que se impôs. “Sabe por que eu consegui? Porque os sonhos não envelhecem”, afirma, tomando emprestado os versos compostos por Lô Borges para a canção “Clube de Esquina 2”. A trajetória de Elaine, marcada pela pobreza, humilhação e preconceito, mas principalmente pela superação, está contada no livro Pérola Negra – História de um Caminho (Editora Komedi), que ela lançará no próximo dia 28 de abril, a partir das 15h, no Salão Nobre da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp. A orelha do livro é assinada pelo escritor Rubem Alves. Segundo ele, quem ler o livro 'ficará maior'."

Confira a reportagem completa sobre Dr. Elaine no Jornal da Unicamp de 24-30 de Abril de 2006. Clica aqui.

No jornal da Unicamp (2003)

"Elaine Pereira da Silva não conhece ou simplesmente ignora o significado do verbo desistir. Filha de pai pedreiro e mãe empregada doméstica, desde criança desejava cursar Medicina para ajudar as pessoas a se livrar da dor. Hoje, aos 40 anos, ela atende como clínica no Posto de Saúde de Sousas, distrito localizado na região leste de Campinas, onde cumpre a missão que se impôs. Num país como o Brasil, essa mulher já seria um exemplo de superação apenas pelo fato de ter vencido limitações financeiras que impedem que a imensa maioria de jovens de origem semelhante curse a universidade. Mas ela teve que fazer mais. Além da pobreza, teve que vencer preconceitos e a doença. Elaine é negra e portadora de uma lesão neurológica. "Sabe por que eu consegui? Porque os sonhos não envelhecem" , afirma, emprestando os versos compostos por Lô Borges para a canção 'Clube de Esquina 2'."



Reportagem publicada no Jornal da Unicamp, de 19-25 maio de 2003.

9 de ago. de 2006

Elaine na TVB

Em julho de 2006 a Doutora Elaine foi entrevistada na TVB, representante da SBT na região de Campinas.