tag:blogger.com,1999:blog-324326512024-03-07T17:06:48.057-03:00Dra. ElaineElaine Pereira da Silva: Médica, escritora do livro "Pérola Negra - História de um caminho".Ricardo Dagninohttp://www.blogger.com/profile/06334167894552351919noreply@blogger.comBlogger25125tag:blogger.com,1999:blog-32432651.post-32873540740316799332016-01-20T12:55:00.000-02:002019-01-04T13:52:09.258-02:00Doutora Elaine Pérola Negra no Programa Hora do FaroEm 17 de janeiro de 2016 a história da Doutora Elaine Pérola Negra foi ao ar na Rede Record durante o programa "A Hora do Faro", comandado por Rodrigo Faro.<br />
<br />
Assista aos vídeos a seguir:<br />
<br />
Dra. Elaine Pérola Negra no programa do Rodrigo Faro (parte 1 de 3)<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/W1L7fGvywKs/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/W1L7fGvywKs?feature=player_embedded" width="320"></iframe><br />
<br />
<br />
Dra. Elaine Pérola Negra no programa do Rodrigo Faro (parte 2 de 3)<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/YTWHFwFyhlk/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/YTWHFwFyhlk?feature=player_embedded" width="320"></iframe><br />
<br />
<br />
Dra. Elaine Pérola Negra no programa do Rodrigo Faro (parte 3 de 3)<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/FOCB5Xw0UqY/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/FOCB5Xw0UqY?feature=player_embedded" width="320"></iframe><br />
<div>
<br /></div>
Ricardo Dagninohttp://www.blogger.com/profile/06334167894552351919noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32432651.post-45995383884758578722014-03-23T21:19:00.001-03:002014-03-23T21:19:33.353-03:00Olá! Agradeço ao Pedro e à Maria Cordeiro pelas mensagens carinhosas! Vamos torcer para que o Ministério da Cultura aprove nosso projeto de transformar o livro em um documentário, para levar mais longe esta mensagem de lutar pelos sonhos sempre, sempre honestamente, apesar e a despeito das vicissitudes da vida, com, sem ou apesar de tudo e todos - porque os sonhos não envelhecem! Um grande abraço! Dra. Elaine Pérola Negra.Elaine Pereira da Silvahttp://www.blogger.com/profile/10112620375195233822noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-32432651.post-2116943003715192992014-01-24T01:33:00.002-02:002021-02-04T11:25:36.041-03:00Novo site da Dra. Elaine!!!O site mudou! Agora é <a href="http://www.draelaine.com" target="_blank">www.draelaine.com</a> e, por isto, o meu novo e-mail é doutoraelaine@draelaine.com - em breve ótimas novidades serão divulgadas! Um abraço! Dra. Elaine Pérola Negra.Elaine Pereira da Silvahttp://www.blogger.com/profile/10112620375195233822noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-32432651.post-84438024739048405452013-12-16T01:12:00.005-02:002021-02-18T12:39:21.984-03:00Quem é Elaine Pérola Negra? [Biografia]<span style="font-size: large;">Pour lire en français, </span><span style="font-size: large;"><a href="http://doutoraelaine.blogspot.com.br/2013/12/qui-est-elaine-perle-noir.html">cliquez ici</a></span><span style="font-size: large;"> </span><br />
<span style="font-size: large;">To read in english, <a href="http://doutoraelaine.blogspot.com.br/2013/12/who-is-elaine.html">click here</a></span><br />
<br />
<div style="background-color: #f8defe;">
Meu nome é <strong>Elaine Pereira da Silva</strong>, nasci em 1963, na cidade de São Paulo, sou negra. Minha mãe, falecida em 1989, era empregada doméstica. Meu pai, pedreiro, faleceu em 2005. Desde os dez anos, a despeito da pobreza vigente, sonhava ser médica. Minha mãe sempre me incentivava a estudar.<div><br /></div><div>Trabalhei desde catorze anos e, ao terminar o 2º grau, percebi que os sonhos não são passaporte para entrar na escola de medicina. Tentei me conformar, cursando Biologia e formei-me em 1985. O desejo de ser médica, porém, continuou. Uma das frases que norteia minha vida é este fragmento da música “Clube da Esquina nº 2”, de Lô Borges: “Porque se chamavam homens, também se chamavam sonhos e sonhos não envelhecem”.</div><div><br /></div><div>Após terminar o curso de biologia, fui lecionar à noite e fazer cursinho pré-vestibular pela manhã. Fiz seis meses, em 1986, e não entrei na medicina. No ano seguinte, fiz um ano inteiro e, ao final, fui aprovada em duas faculdades particulares: Puc – SP e Puccamp. Para me matricular, somente na primeira, precisei vender um carro antigo, que comprara com o salário de professora. O dinheiro acabou e, doze dias depois, fui obrigada a trancar a matrícula e voltar para o cursinho. Após novo ano inteiro de cursinho, fui aprovada na Santa Casa, na Unesp e na Unicamp, onde eu tanto sonhava.</div><div><br /></div><div>A partir daí, parei de lecionar e comecei a realizar meu sonho: cursar medicina. Era, então, o ano da graça de 1989. Morando gratuitamente na Moradia dos Estudantes da Unicamp, e com uma pequena bolsa do SAE (Serviço de Apoio ao Estudante), fui estudando com afinco. Estava no 5º ano do curso em 1993 quando fui internada na UTI da Unicamp.</div><div><br /></div><div>Lá fiquei quatro dias em coma, entubada, respirando através de aparelhos, quase morta. Mas não seria ainda neste momento, nem em outras duas vezes dentro destes anos em que eu veria muito de perto a cara da morte, que a terra me cobriria. Por quê? Quando estava no cursinho, prometera a Deus que, se conseguisse chegar a ser médica, atenderia a pessoas como eu, desprovidas de dinheiro. Creio piamente que foi esta promessa que me garantiu a vida, anos mais tarde.</div><div><br /></div><div>Meu diagnóstico é Neurocisticercose, a doença da larva da Taenia Solium na cabeça. Ao longo destes anos trago no currículo desta doença: dois comas, uma lesão cerebral que me causaria infantilidade mental (excesso de alegria), perda da memória recente por três anos, sonolência excessiva que, felizmente, foram praticamente revertidos após meses de luta. Também conto: três neurocirurgias, cadeira de rodas, muletas, dezoito internações, inúmeros atendimentos no Pronto Socorro, três anos de faculdade perdidos e discriminações em todos os níveis possíveis, imagináveis e também inimagináveis. Entretanto, costumo dizer que “Deus é pai, não é padrasto e não é racista”. Ele queria que, após tudo isso, eu terminasse um livro contando 300% de vitória sobre uma lesão cerebral e suas implicações na sociedade racista, classista e machista.</div><div><br /></div><h3 style="text-align: left;">
Quais são os saldos desta luta?</h3><div><div><ol style="text-align: left;"><li>Desde 1997 tenho meu diploma de médica, conquistado com sangue, suor e lágrimas em uma das mais conceituadas universidades deste país – a Unicamp. </li><li>Tenho meu registro no CRM (Conselho Regional de Medicina). </li><li>Tenho minha sanidade mental atestada em laudo médico pelo então Chefe da Neuroclínica da Unicamp – o mesmo professor que me viu com descontrole emocional, em 1993. </li><li>Desde que me formei, cumpro minha promessa: faço trabalho médico voluntário na comunidade de Vila Brandina, em Campinas – SP. </li><li>Trabalhei como Clínica Geral, efetiva, na Prefeitura do Município de Campinas por cinco anos. Aprovada no exame médico, sem esconder minha doença. Para este cargo, concorreram 160 médicos. Apenas 65 foram aprovados. Eu sou o 30º lugar. </li><li>Em 1998 fiz minha sexta ressonância magnética do cérebro e, finalmente, constou que meu cisticerco está morrendo e este meu problema de saúde está em vias de resolução. </li><li>Trazia, por anos, muita mágoa em meu peito, em função das milhões de agressões sofridas na sociedade por ser negra, pobre, doente e querer ser médica. Quando venci tecnicamente a maior luta da minha vida, exteriormente, Deus veio e levou grande parte da mágoa embora, para que a vitória fosse, também, no principal lugar – no interior da pessoa. Isto era essencial, pois o que me colocou de pé novamente não foi o desamor dos 500, foi o AMOR da meia dúzia, principalmente dos maiores amigos da minha vida: Dr. Fabrício, aluno da minha primeira turma, que não me deixou, como a maioria das pessoas, no pior período da minha vida e o Professor Dr. Jamiro, que é um pai para mim, e atende a mesma favela que eu, há mais de 30 anos. </li><li>E, para terminar com chave de ouro, a maioria dos meus pacientes – tanto da favela quanto do posto de saúde – gostavam muito do meu atendimento, e verbalizavam isto, para me deixar mais feliz.</li></ol></div><div>Este conto de fadas verídico está publicado no meu livro autobiográfico intitulado “<b>Pérola Negra – História de um caminho</b>”, desde 2006.</div><div><br /></div><div><div>A orelha do livro foi redigida pelo escritor Rubem Alves. </div><div><br /></div><div>O livro termina aqui. </div><h3 style="text-align: left;">Vamos agora, resumidamente, atualizar esta história. </h3><div>Eu trabalhei na rede pública de saúde do país por sete anos e fui discriminada durante todo este tempo, em função da minha história de vida e do meu modo de atuar, lento e criterioso, buscando evitar erros.</div><div><br /></div><div> Fui médica efetiva da Prefeitura de Campinas por cinco anos. Sofri e venci dois processos de demissão injustos e até criminosos. Exausta, fui embora de Campinas. Trabalhei no estado de Mato Grosso do Sul por três meses e, depois, consegui outro emprego no sul do Estado de São Paulo, em Taquarituba, onde ganhava muito bem. Entretanto, continuei negra e honesta, o que complica a vida de um médico no serviço público de saúde deste país. Fiquei lá por onze meses, quando perdi o emprego por uma monstruosidade, em março de 2005.</div><div><br /></div><div>Cansada de guerra, voltei para Campinas, para a proximidade de meus amigos. Fiquei afastada pelo INSS por 2,5 anos. Voltei a dedicar-me ao trabalho médico voluntário na comunidade de V. Brandina. Lancei o livro em abril de 2006 e, desde então, tenho proferido palestras de motivação para o público em geral. Esta história foi divulgada na mídia falada, escrita e televisiva - regional, nacional e internacional. Em janeiro de 2008 fui admitida como médica de família, na rede pública de saúde de Monte Mor - SP, onde já palestrara. Trabalhei lá por quase três meses, e perdi o emprego por não suportar o peso de atender com qualidade técnica o grande volume de pacientes. Pedi mais um médico pra me ajudar, e fui dispensada, semanas depois... </div><div><br /></div><div>Fui convidada pelo PMDB pra ser candidata a vereadora, em Campinas, mas não tinha tempo nem dinheiro pra fazer campanha - o resultado foi um fiasco... Fiquei na medicina privada, como médica examinadora em Medicina do Trabalho, de 2008 até 2010 quando, por piora da saúde (problemas psicossomáticos sequelas desta história), precisei parar de trabalhar. </div><div><br /></div><div>Em 2013, abraçou nosso projeto um importante cineasta, de renome internacional. O cineasta congofrancês <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Balufu_Bakupa-Kanyinda" target="_blank">Balufu Bakupa-Kanyinda</a>, com incursões profissionais na Europa, África e América do Norte (vide Google) gostou muito do nosso projeto, e iria dirigir o documentário “Pérola Negra”, cujo roteiro foi feito pela jornalista Carla Lopes. Fomos aprovados pela Lei Rouanet, em 2014, mas não logramos conseguir patrocínio em tempo hábil, e o projeto caducou...</div><div><br /></div><div>Continuo disponível para palestrar onde for possível. Assisti às aulas de pós-graduação em Perícia Médica em 2013. Fui aprovada num concurso para ser médica Clínica Geral na cidade de Paulínia – SP e assumi este cargo em janeiro de 2014, o que está me fazendo muito feliz! Desde 2015, atuo na Geriatria da prefeitura de Paulínia, atualmente em Cuidados Paliativos.</div></div></div><div><br /></div><div><span style="font-family: "Vladimir Script"; font-size: 29.3333px;">Elaine P. Silva</span></div></div>
Ricardo Dagninohttp://www.blogger.com/profile/06334167894552351919noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-32432651.post-87921217016374023872013-12-16T01:06:00.007-02:002021-09-09T22:13:20.949-03:00Who is Elaine?<div class="MsoNormal"><div class="MsoNormal">SUMMARY OF THE AUTOBIOGRAPHICAL BOOK “BLACK PEARL – HISTORY OF A PATH” </div><p style="text-align: left;">My name is Elaine Pereira da Silva, born in 1963, in the city of São Paulo, I am black. My mother, died in 1989, was a maid. My father, a bricklayer, passed away in 2005. From the age of ten, despite the current poverty, I dreamed of being a doctor. My mother always encouraged me to study.<br /></p><p style="text-align: left;">I’ve worked since I was 14 years old, and when I graduated high school, I realized that dreams are not a passport to medical school. I tried to conform, studying Biology and graduated in 1985. The desire to be a doctor, however, continued. One of the phrases that guide my life is this fragment of the song “Club of Esquina nº 2”, of Milton Nascimento, Lô Borges, and Márcio Borges : “Because they called men, also called dreams and dreams do not age”.</p><p style="text-align: left;">After completing the biology course, I went to teach at night and take pre-vestibular course in the morning. I did six months in 1986, and I did not enter medicine. The following year, I did a full year and, in the end, I was approved in two private colleges: Puc – SP and Puccamp. To register, only on the first, I had to sell an old car, which I had bought on a teacher’s salary. The money ran out, and 12 days later, I was forced to lock up the license plate and go back to school. After a whole new year of school, I was approved at the Santa Casa, Unesp and Unicamp, where I dreamed so much.</p><p style="text-align: left;">From then on, I stopped teaching and began to realize my dream: to go to medical school. It was then the year of grace 1989. Living free of charge at the Student Housing of Unicamp, and with a small scholarship from the SAE (Student Support Service), I was studying hard. I was in the fifth year of my course in 1993 when I was admitted to the Unicamp ICU.</p><p style="text-align: left;">There I spent four days in a coma, intubated, breathing through braces, almost dead. But it would not yet be at this moment, or at other times within these years when I would see very closely the face of death, that the earth would cover me. Why? When I was in high school, I promised God that if I could become a doctor, I would attend people like me, without money. I truly believe that it was this promise that guaranteed my life years later.</p><p style="text-align: left;">My diagnosis is neurocysticercosis, Taenia solium larval disease in the head. Throughout these years I bring in the curriculum of this disease: two comas, a brain injury that would cause me mental childishness (excessive joy), loss of recent memory for three years, excessive sleepiness that, Fortunately, they were practically reversed after months of fighting. Also count: three neurosurgeries, wheelchair, crutches, eighteen admissions, numerous visits to the Emergency Room, three years of college lost and discrimination on all possible levels, imaginable and also unimaginable. However, I usually say that “God is a father, not a stepfather and not a racist”. He wanted me, after all this, to finish a book counting 300% of victory over a brain injury and its implications in the racist, classist and sexist society.</p><h4 style="text-align: left;">What are the sales for this fight? </h4><p style="text-align: left;"></p><ol style="text-align: left;"><li>Since 1997 I have my medical degree, earned with blood, sweat and tears in one of the most prestigious universities of this country – a Unicamp.</li><li>I have my registration in CRM (Regional Council of Medicine). </li><li>I have my sanity certified in medical report by the then Head of Neuroclinic of Unicamp – the same teacher who saw me with emotional uncontrollability in 1993.</li><li>Since graduating, I fulfill my promise: I do volunteer medical work in the community poor of Vila Brandina, in Campinas – SP. </li><li>I worked as a General Clinic, effective, in the Municipality of Campinas Prefecture for five years. Approved on medical examination, without hiding my disease. For this job, competed 160 doctors. Only 65 were approved. I am the 30th place. </li><li>In 1998 I did my sixth MRI of the brain and finally it came to my attention that my cysticercus is dying and this health problem is in the process of being resolved.</li><li>It brought, for years, much sorrow in my chest, due to the millions of assaults suffered in society by being black, poor, sick and wanting to be a doctor. When I won technically the biggest fight of my life, outwardly, God came and took away much of the hurt though, so that victory would also be in the main place – within the person. This was essential, because what got me back on my feet was not the discontent of the 500, it was the LOVE of the half dozen, mainly of the greatest friends of my life: Dr. Fabricio, student of my first class, who has not left me, like most people, in the worst time of my life and Professor Dr. Jamiro, who is a father to me, and has been attending the same slum as me for over 30 years. </li><li>And, to finish with a gold key, most of my patients – both from the slum and the health center – liked very much my service, and verbalized it, to make me happier.</li></ol><p></p><p style="text-align: left;">This true fairy tale is published in my autobiographical book titled “Black Pearl – History of Path”.</p><p style="text-align: left;">The ear of the book was written by the writer Rubem Alves.<br /></p><p style="text-align: left;">The book ends here. </p><h4 style="text-align: left;">Let’s now, briefly, update this story.</h4><p style="text-align: left;">I worked in the public health network of the country for seven years and was discriminated against all this time, due to my life history and my way of acting, slow and judicious, seeking to avoid mistakes.</p><p style="text-align: left;">I was an effective doctor at Campinas Prefecture for five years. I suffered and won two unfair dismissal processes and even criminals. Exhausted, I left the Campinas. I worked in the state of Mato Grosso do Sul for three months and then I got another job in the south of the state of São Paulo, in Taquarituba, where I made very good money. However, I remained black and honest, which complicates the life of a doctor in the public health service of this country. I was there for eleven months when I lost my job to a monstrosity in March of 2005.</p><p style="text-align: left;">Tired of war, I returned to Campinas, to the proximity of my friends. I was away by the social Security for 2,5 years. I returned to volunteer medical work in the community poor of V. Brandina. I launched the book in April 2006 and since then I have given motivational lectures to the general public. This story was disseminated in the media spoken, written and televised - regional, national and international. In January 2008 I was admitted as a family doctor to the public health network of Monte Mor - SP, where I had already spoken. I worked there for almost three months, and I lost my job because I couldn’t bear the weight of attending with technical quality the large volume of patients. I asked for another doctor to help me, and I was discharged weeks later... </p><p style="text-align: left;">I was invited by the PMDB to be a candidate for councilor, Campinas, but I did not have time nor money to campaign - the result was a fiasco... I was in private medicine, as a medical examiner in occupational medicine, from 2008 until 2010 when, due to worsening health (psychosomatic problems sequels of this history), I had to stop working. </p><p style="text-align: left;">In 2013, an important filmmaker of international renown embraced our project. The filmmaker <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Balufu_Bakupa-Kanyinda" target="_blank">Balufu Bakupa-Kanyinda</a>, with professional forays in Europe, Africa and North America (see Google) very much liked our project, and would direct the documentary “Pearl Black”by the journalist Carla Lopes. We were approved by Rouanet Law, in 2014, but we could not get sponsorship in a timely manner,and the project expired...</p><p style="text-align: left;">I remain available to speak wherever I can. I attended the post-graduate classes in Medical Expertise in 2013. I passed a competition to be a General Clinical Doctor in the city of Paulínia – SP and I took this position in January 2014, which is making me very happy! Since 2015, I worked in the geriatrics of the city of Paulínia, currently in palliative care.</p><p style="text-align: left;">In 2019, I was one of eighty women called by the German Federal Ministry of Foreign Affairs to found a women's network, the United Network. It is an organization to deal with topics related to women's issues in the world. The network is composed of women from Latin America, the Caribbean and Germany. The first meeting was in Salvador - BA, and was attended by Heiko Maas, German Minister of Foreign Affairs. In the flight to Salvador I met Mr. Douglas Prehl, one of the directors of Banco Santander Brasil. Upon knowing my story, he recommended me to publish the book in the United States, considering that this would open the doors for a film based on the story. He also provided the English version of the book, which is being reviewed by Brazilian journalist Marina Clélia Duarte Viana, who lives in Germany since 2006. Soon, we plan to launch the e-book “Black Pearl – History of a Path” on several platforms (Amazon and others) in the USA, and we are already in contact with Mr. Dominick Domasky, from the North American company “Motivation Champs”, who will initially publish the digital book.</p><p style="text-align: left;"><span style="font-family: 'Vladimir Script'; font-size: 22pt; line-height: 115%;">Elaine P. Silva</span></p><p></p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14pt; text-align: justify;"><br /></div><div><div id="ftn6">
</div>
</div>
Ricardo Dagninohttp://www.blogger.com/profile/06334167894552351919noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32432651.post-59435148075360186472013-12-16T01:01:00.001-02:002021-02-18T12:22:42.570-03:00Qui est Elaine Perle Noir?<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span face="Verdana, sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">"PERLE
NOIR - HISTOIRE DE VIE D'UN MÉDECIN RÉUSSI FEMME DE COULEUR"</span></b><strong><span face="Verdana, sans-serif" style="font-size: 10pt; font-weight: normal; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></strong></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<strong><span face="Verdana, sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">ELAINE PEREIRA DA SILVA<br />
<i>version</i> par ADRIANA MARIA SILVA
SANTOS<o:p></o:p></span></strong></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face="Verdana, sans-serif" style="font-size: 10pt;"><v:shapetype coordsize="21600,21600" filled="f" id="_x0000_t75" o:preferrelative="t" o:spt="75" path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe" stroked="f">
<v:stroke joinstyle="miter">
<v:formulas>
<v:f eqn="if lineDrawn pixelLineWidth 0">
<v:f eqn="sum @0 1 0">
<v:f eqn="sum 0 0 @1">
<v:f eqn="prod @2 1 2">
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelWidth">
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelHeight">
<v:f eqn="sum @0 0 1">
<v:f eqn="prod @6 1 2">
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelWidth">
<v:f eqn="sum @8 21600 0">
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelHeight">
<v:f eqn="sum @10 21600 0">
</v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:formulas>
<v:path gradientshapeok="t" o:connecttype="rect" o:extrusionok="f">
<o:lock aspectratio="t" v:ext="edit">
</o:lock></v:path></v:stroke></v:shapetype><v:shape id="Picture_x0020_8" o:spid="_x0000_i1025" style="height: 351pt; mso-wrap-style: square; visibility: visible; width: 468pt;" type="#_x0000_t75">
<v:imagedata o:title="Elaine" src="file:///C:\Users\NEPO\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image001.jpg">
</v:imagedata></v:shape></span><span face="Verdana, sans-serif" lang="EN-US" style="font-size: 10pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span face=""Verdana","sans-serif"" style="font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Mon nom est Elaine Pereira da Silva, je sus né à 1963, dans la ville de
São Paulo, je suis noire. Ma mère, qui est décédée em 1989, etait servité. Mon
père, maçon, décédé em 2005. Depuis une dizaine d'années, malgré la pauvreté
généralisée, rêvait de devenir médecin. Ma mère m'a toujours encouragée à
étudie.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span face=""Verdana","sans-serif"" style="font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A travaillé à partir de quatorze ans et, lorsque vous avez terminé la 2
degré, j'ai réalisé que les rêves ne sont pas un passeport pour entrer dans
l'école de médecine<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span face=""Verdana","sans-serif"" style="font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">J'ai essayé de me dire, en étudiant la biologie et j'ai obtenu mon
diplôme en 1985. Le désir d'être un médecin, cependant, a continue.</span><span face=""Verdana","sans-serif"" style="font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR;"> </span><span face=""Verdana","sans-serif"" style="font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Une des phrases qui guident
ma vie (et il est sur </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"></span><span face=""Verdana","sans-serif"" style="font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">la couverture de mon livre)
est ce fragment de la chanson "Club de le Coin n ° 2" par Milton
Nascimento, Lô Borges et Márcio Borges: «Pourquoi at-on appelé les hommes,
aussi appelé rêves et rêves ne vieillissent pas".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span face=""Verdana","sans-serif"" style="font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Après des études de biologie, j'enseigne la nuit et faire
pré-universitaire école préparatoire dans la matinée. J'ai fait six mois en
1986 et je n'ai pas la médecine. L'année suivante, j'ai fait une année et à la
fin, j'ai passé deux collèges privés: PUC - SP et Puccamp.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span face=""Verdana","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Pour moi inscrire,
seul le premier, j'ai dû vendre une vieille voiture, qu'il avait achetée avec
le salaire d'un enseignant. L'argent est allé et les douze jours plus tard,
j'ai été obligé de verrouiller le fichier et retourner à l'école cram. </span><span face=""Verdana","sans-serif"" style="font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Après neuf ans de classe préparatoire, a été
approuvé lors de la Santa Casa à UNESP et UNICAMP, où j'ai tant rêvé.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span face=""Verdana","sans-serif"" style="font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">De là, j'ai cessé d'enseigner et j'ai commencé à réaliser mon rêve:
étudier la médecine. Ce fut alors l'an de grâce 1989. Vivre libre sur le
Logement étudiant à Unicamp, et un petit sac de SAE (Service d'aide aux
étudiants), j'ai étudié dur. J’ était en 5ème année du cours en 1993, lorsque,
pour une négligence d'un de mes professeurs qui n'ont pas le temps de mon
diagnostic, j'ai été admis aux l’ unité de soins intensifs de l'Unicamp.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span face=""Verdana","sans-serif"" style="font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Il
y avait quatre jours dans le coma, intubé, respire à travers l'appareil,
presque mort. Une autre expression très sérieuse dans ma vie », erreur
médicale, le terrain s'étend." Mais il serait même à cette époque, ou dans
d'autres deux fois au cours de ces années, je voyais de très près le visage de
la mort, la terre me couvrir. Pourquoi? Quand j'étais à l'école préparatoire,
avait promis à Dieu que s'il pouvait arriver à être un médecin, d'assister à
des gens comme moi dépourvus d'argent. Je crois fermement que cette promesse
était que la vie m'a assuré, des années plus tard.</span><span face=""Verdana","sans-serif"" style="font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span face=""Verdana","sans-serif"" style="font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Mon
diagnostic est neurocysticercose, une maladie des larves de Taenia Solium tête.
Tout au long de ces années, j'ai introduire dans le curriculum de cette
maladie: deux comas, des lésions cérébrales qui me ferait enfantillage mentale
(excès de joie), la perte de mémoire récent pendant trois ans, une somnolence
excessive qui, heureusement, ont été presque inversée après des mois de
combats. Aussi conte: trois opérations au cerveau, des fauteuils roulants, des
béquilles, hôpital dix-huit ans, de nombreuses présences à la salle d'urgence,
trois années de collège perdu et la discrimination à tous les niveaux
possibles, imaginables et inimaginables trop. Cependant, je dis que «Dieu est
père, beau-père et n'est pas raciste." Il voulait, après tout cela, j'ai
fini un livre racontant 300% de victoire au cours d'une lésion cérébrale et ses
implications sur la société raciste, classiste et sexist.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span face=""Verdana","sans-serif"" style="font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Quelles
sont les soldes de ce combat?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span face=""Verdana","sans-serif"" style="font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">01
- Depuis 1997, j'ai mon diplôme de médecine, a gagné avec du sang, de la sueur et
des larmes dans l'une des universités les plus prestigieuses dans ce pays -
Unicamp.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span face=""Verdana","sans-serif"" style="font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">02
- J'ai mon registre dans le CRM (Conseil Régional de Médecine), sous le numéro
91194-CRM SP.</span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span face=""Verdana","sans-serif"" style="font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span face=""Verdana","sans-serif"" style="font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">03-J'ai
ma santé mentale attestée dans le rapport médical par le chef puis de Neurochirurgie
Clinique de la Unicamp - le même professeur qui m'a vu avec incontrôléi
émotionnel en 1993.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span face=""Verdana","sans-serif"" style="font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">04
- Depuis j'ai obtenu mon diplôme, je remplis ma promesse: je fais le travail
médical bénévole dans la communauté de Vila Brandina à Campinas – SP.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span face=""Verdana","sans-serif"" style="font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">05-Je
a travaillé comme médecin généraliste, efficace, dans la municipalité de
Campinas depuis cinq ans. Approuvé l'examen médical, sans cacher ma maladie.
Pour ce poste, a couru 160 médecins. Seulement 65 ont été approuvées. Je suis
la 30ème place.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span face=""Verdana","sans-serif"" style="font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">06
- En 1998, j'ai fait ma sixième IRM du cerveau et finalement consisté mon
cysticercus se meurt et que mon problème de santé est en cours de résolution.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span face=""Verdana","sans-serif"" style="font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">07
- Il avait, pendant des années, beaucoup de douleur dans ma poitrine, parce que
des millions d'actes d'agression dans la société d'être noir, pauvre, malade et
que vous voulez être médecin. Quand techniquement remporté le plus grand combat
de ma vie, à l'extérieur, Dieu est venu et a pris beaucoup de mal loin, de
sorte que la victoire était aussi le principal lieu - à l'intérieur de la
personne.</span><span face=""Verdana","sans-serif"" style="font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR;"> </span><span face=""Verdana","sans-serif"" style="font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Cela était
indispensable, car ils m'ont mis de nouveau n'était pas la désaffection de 500,
était L'AMOUR d'une demi-douzaine, principalement des grands amis de ma vie: le
Dr Fabrizio, un étudiant de ma première classe, qui n'a pas laissé de moi comme
la plupart des gens, la pire période de ma vie et le Professeur Dr. Jamiro, qui
est un père pour moi, et répond aux mêmes taudis que j'ai, depuis plus de 30
ans.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span face=""Verdana","sans-serif"" style="font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">08
- Et pour finir en beauté, la plupart de mes patients - à la fois du bidonville
que le poste de santé - très friands de mon service, et verbalisé ce pour me
rendre plus heureux<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span face=""Verdana","sans-serif"" style="font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Ce
conte de fées est vrai posté sur mon livre autobiographique intitulé "
Perle Noir - Histoire d'un chemin<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face="Verdana, sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">Ce conte de fées est publié sur mon livre autobiographique intitulé
"Black Pearl - Histoire de vie d'un Noir Médecin réussie”.</span><span face="Verdana, sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 115%;"> </span><span face=""Verdana","sans-serif"" style="font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR;">La
sape du livre a été ecrit pour le écrivain Rubem Alves.</span><span face="Verdana, sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<v:shape id="Picture_x0020_1" o:allowoverlap="f" o:spid="_x0000_s1026" style="height: 126pt; left: 0px; margin-left: 0px; margin-top: 0.25pt; mso-position-horizontal-relative: text; mso-position-horizontal: absolute; mso-position-vertical-relative: line; mso-position-vertical: absolute; mso-wrap-distance-bottom: 0; mso-wrap-distance-left: 9pt; mso-wrap-distance-right: 9pt; mso-wrap-distance-top: 0; mso-wrap-style: square; position: absolute; text-align: left; visibility: visible; width: 85.5pt; z-index: 251659264;" type="#_x0000_t75">
<v:imagedata o:title="" src="file:///C:\Users\NEPO\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image002.jpg">
<w:wrap anchory="line" type="square">
</w:wrap></v:imagedata></v:shape><span face="Verdana, sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face=""Verdana","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">Le
livre termine ici. Et maitenant nous allons, sommairemen, </span><span face=""Verdana","sans-serif"" lang="EN-US" style="background: white; color: #404040; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Tahoma;">renseigner sur
cette histoire.</span><span face=""Verdana","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span face=""Verdana","sans-serif"" lang="EN-US" style="color: #222222; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Je
travaillai dans la reseau santé publique
du pays pour sept ans et j’ai eté victime de discrimination, en fonction de l'histoire de ma vie et ma
façon d’agir, lent et minutieux, en cherchant éviter fautes.</span><span face="Verdana, sans-serif" lang="EN-US" style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #404040; font-size: 10pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face="Verdana, sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">J'ai travaillé en tant que médecin, en tant que membre du personnel de
la mairie de Campinas depuis cinq ans. J'ai été poursuivi en justice et gagné
deux procès de travail de licenciement, qui étaient injustes et même
criminelle! Épuisée, j'ai décidé de quitter Campinas. J'ai travaillé pendant
trois mois dans MATO GROSSO DO SUL et puis j'ai trouvé un autre emploi dans
Taquarituba, une ville dans le sud de l'État de São Paulo, où le salaire était
très bon. Cependant, j'étais toujours la même personne, à savoir noir et
honnête, ce qui implique un grand nombre de mauvaises conséquences dans la vie
d'un médecin qui travaille pour le système de santé publique dans mon pays. Je
suis resté là pendant onze mois, être licencié à cause d'une véritable
monstruosité à Mars 2005.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face="Verdana, sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">Fatigué de la lutte, je suis revenue à Campinas pour se rapprocher de
mes amis. J'étais en congé de maladie de l'INSS (Institut National de Sécurité
Sociale) pour 2 ans et demi. J'ai repris mon travail de bénévole médical
faisant dans la communauté de Vila Brandina. Mon livre a été lancé en Avril
2006 et depuis lors, j'ai donné des conférences de motivation au grand public.
Cette histoire a été broadcastedin deux moyens parlées et écrites de
communication, notamment la télévision, aux niveaux national, régional et
international. En Janvier 2008, j'ai été admis le médecin dans le système de
santé publique dans la ville de Monte Mor, État de São Paulo, où une fois que
j'avais prononcé la conférence. J'y ai travaillé pendant près de trois mois,
puis j'ai perdu mon emploi pour ne pas être en mesure d'aider l'ensemble de mon
grand volume de qualité technique pacientes aux exigences minimales qu'ils
méritaient. J'avais suggéré l'embauche d'un plus médecin pour m'aider et j'ai
été congédié quelques semaines plus tard.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span face=""Verdana","sans-serif"" style="color: #222222; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">J'ai été invité à être le candidat PMDB pour
conseiller à Campinas, mais n'a pas eu le temps ou l'argent pour faire campagne
- le résultat a été une échec...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face=""Verdana","sans-serif"" style="color: #222222; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Je travaillais dans le
secteur de la médecine privée, comme expertise médicale on travaux, à partir de
2008 jusqu'en 2010 lorsque, en raison de l'aggravation de la santé (séquelles
psychosomatique de cette histoire), j'ai dû arrêter de travailler<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span face=""Verdana","sans-serif"" style="color: #222222; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Je reste à disposition pour </span><span face=""Verdana","sans-serif"" style="color: #222222; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">à donner des conférences autant que possible,
et rêve de faire de cette histoire un documentaire et un long métrage de
cinéma! </span><span face=""Verdana","sans-serif"" lang="EN-US" style="color: #222222; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Je fais aussi nouvelle édition de
l'ouvrage,</span><span face=""Verdana","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 10pt;">
</span><span face=""Verdana","sans-serif"" lang="EN-US" style="color: #222222; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">qui a lancé comme une production
indépendante, et m'a obtenu son fichier sur CD. Je suis étudiante de post
graduate en expertise médicale.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span face=""Verdana","sans-serif"" lang="EN-US" style="color: #222222; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Mon site
est </span><span lang="EN-US"><a href="http://www.draelaine.com/" target="_blank"><span face=""Verdana","sans-serif"" style="color: #1155cc; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">www.draelaine.com</span></a></span><span face=""Verdana","sans-serif"" lang="EN-US" style="color: #222222; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> et, en haut debit, on peut voir mon entrevue avec
Jô Soares en 2006, rejoué en 2007 et une autre faite avec EPTV (TV Globo
régional) en 2009. Email : </span><span lang="EN-US"><span face=""Verdana","sans-serif"" style="color: #1155cc; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><a href="mailto:doutoraelaine@draelaine.com" target="_blank">doutoraelaine@draelaine.com</a>.<br /></span></span><span face=""Verdana","sans-serif"" lang="EN-US" style="color: #222222; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span face=""Verdana","sans-serif"" lang="EN-US" style="color: #222222; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Récemment,
notre projet a reçu un nouveau membre. Le cinéaste Congo-Français Balufu </span><span face=""Verdana","sans-serif"" lang="EN-US" style="color: #222222; font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Bakupa-Kanyinda, de renommée
internationale, avec des incursions professionnels en Europe, en Afrique et aux
États-Unis (voir Google) a vraiment aimé notre projet – il será le producteur
réalisateur du film "Perle Noir". Lorsque nous avons des commandites,
va embaucher une equipe pour ler tournage.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span face=""Verdana","sans-serif"" lang="EN-US" style="color: #222222; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Je
vous remercie de l'attention<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span face=""Verdana","sans-serif"" lang="EN-US" style="color: #222222; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Gracieusement,</span><span face=""Verdana","sans-serif"" lang="EN-US" style="color: #222222; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span face="Verdana, sans-serif" lang="EN-US" style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">Dra. Elaine Pérola Negra</span><a href="file:///C:/Users/NEPO/Downloads/Perle%20Noir%20%20Fran%C3%A7ais%2022%20outubro%20noite.docx#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span face=""Verdana","sans-serif"" style="color: black; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span face="Verdana, sans-serif" lang="EN-US" style="font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Vladimir Script'; font-size: 22pt; line-height: 115%;">Elaine P. Silva</span><span face="Verdana, sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/NEPO/Downloads/Perle%20Noir%20%20Fran%C3%A7ais%2022%20outubro%20noite.docx#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span face=""Verdana","sans-serif"" lang="EN-US"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="EN-US" style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span face=""Verdana","sans-serif"" style="mso-ansi-language: PT-BR;"> “Pérola
Negra” c’est la version on portugais de Perle Noir.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""Verdana","sans-serif"" style="font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR;">3 3-"Globo TV" (TV
Globo, en portugais) ou tout simplement Globo est un réseau de télévision
brésilien, l'un des plus grands réseaux de télévision dans le monde. </span><span face=""Verdana","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">Jô
Soares accueille un talk-show (semblable à David Letterman) au Globo et il est
aussi un comédien, auteur, metteur en scène, réalisateur, acteur, peintre et
musicien.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""Verdana","sans-serif"" style="font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR;">4-EPTV est un réseau d'affiliés
de Globo dans la région de la ville de Campinas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoFootnoteText">
<br /></div>
</div>
</div>
Ricardo Dagninohttp://www.blogger.com/profile/06334167894552351919noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32432651.post-46513656126957983172013-10-15T13:46:00.000-03:002019-01-04T13:51:40.389-02:00Doutora Elaine com o Senador Paulo PaimEm 15 de outubro de 2013, a Dra. Elaine visitou o Senado Federal e conversou com Senador Paulo Paim.<br />
<br />
O registro do encontro encontra-se no vídeo a seguir:<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/3gGzwPcF2gA/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/3gGzwPcF2gA?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<br />Ricardo Dagninohttp://www.blogger.com/profile/06334167894552351919noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32432651.post-21582981492138782782013-10-15T13:42:00.000-03:002019-01-04T13:52:17.464-02:00Doutora Elaine com Senador Eduardo Suplicy na TV SenadoEm 15 de outubro de 2013, a Dra. Elaine visitou o Senado Federal e foi homenageada pelo Senador Eduardo Suplicy. A homenagem foi transmitida pela TV Senado.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/2aeEhWqNAls/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/2aeEhWqNAls?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<br />Ricardo Dagninohttp://www.blogger.com/profile/06334167894552351919noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32432651.post-24083077486035446272013-04-25T10:03:00.002-03:002013-04-25T10:03:15.636-03:00Entrevista - Belezas de Kianda<br />
<span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt;">Entrevista concedida em 2011 ao blog </span><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt;">“<a href="http://belezasdekianda.wordpress.com/category/ela-faz-a-diferenca/">Belezas de Kianda</a>”, </span><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt;">que trabalha com a autoestima da mulher negra.</span><br />
<span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://belezasdekianda.wordpress.com/category/ela-faz-a-diferenca/"><img alt="" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdYd-bg0bqk5QUGKlK0igb-KnDaEJU502nMmvVPqzb5kyoKQhX2sg7hmYCLe3tMAFrhJQugzJ4Z7enXnWoY01rbjA5QauolTwgUa39JE1geJ5ZjeXZ8AnuijdRYji7eKm82Ah08A/s1600/BelezasDeKianda.png" height="57" title="" width="320" /></a></div>
<br />
Leia na íntegra <a href="http://belezasdekianda.wordpress.com/category/ela-faz-a-diferenca/">clicando aqui</a>: <br />
<br />
<br />
Alguns trechos:<br />
<i><span style="font-size: small;"><br /></span></i>
<i><span style="font-size: small;">Belezas de Kianda: Como foi a sua infância?</span></i><br />
<br />
<i><span style="font-size: small;">Dra. Elaine: Foi feliz, embora eu tenha vivido em meio à pobreza. Minha mãe, D. Ana (empregada doméstica), era uma mulher muito especial, por isto meu livro é dedicado à ela. Ela fazia de tudo, no seu tempo livre, para nos trazer alegrias, ensinava brincadeiras de quintal, contava histórias, “causos”, enfim, nos divertíamos bastante com o pouco que tínhamos. Tenho muita saudade desta época.</span></i><br />
<br />
<i><span style="font-size: small;">BK: Como surgiu sua vontade de ser médica?</span></i><br />
<br />
<i><span style="font-size: small;">Não sei exatamente, mas me lembro que, aos dez anos de idade, eu falei pro Dr. Luis, meu pediatra num convênio médico chamado Comepa, da firma onde meu pai trabalhava como pedreiro, a Filex. Ele sabia que eu era negra e muito pobre, mas ele me disse: “Você vai ser!”. Porque ele percebia que eu era bem inteligente, e que, talvez, conseguisse conquistar este sonho, mesmo sendo tão pobre.O que não imaginávamos é que eu adoeceria gravemente, quando estivesse quase conquistando este sonho, o qual seria adiado por mais três anos.</span></i><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPxlZc03YwxSmHktHOIcL7s7j2pgvfLfkUyjAU9LUkA1J5Ip0OtIMlivyAHeTBO7vq3GnBxV3y9Scwu2Rre6XHaJ6rIFu9rLV55bCaY8HnAiY68_S9uuH_1mfuPsG_F0rJLJyBZQ/s1600/pc3a9rola-negra1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPxlZc03YwxSmHktHOIcL7s7j2pgvfLfkUyjAU9LUkA1J5Ip0OtIMlivyAHeTBO7vq3GnBxV3y9Scwu2Rre6XHaJ6rIFu9rLV55bCaY8HnAiY68_S9uuH_1mfuPsG_F0rJLJyBZQ/s1600/pc3a9rola-negra1.jpg" height="320" width="223" /></a></div>
<br />
<i>BK: Na escola de medicina, certamente não haviam muitas mulheres negras e com a mesma origem social que você. Como você se sentia no meio dos outros alunos?</i><br />
<br />
<br />
<i>Não é que não havia muitas… (risos) não havia mais nenhuma além de mim! (risos) Em minha turma havia uma outra moça negra, mas ela veio de classe média – era outra história… Negra e pobre – havia apenas eu. Antes de adoecer eu tinha, desde a adolescência, um complexo de inferioridade muito grande. A sociedade me tratou como inferior, porque eu era negra e pobre, e eu acreditei que, de fato, era inferior… E também me sentia muito feia, o que fez de mim uma pessoa extremamente tímida, retraída, sempre me sentindo o “patinho feio”. Isto é péssimo. Falei a Jô Soares que só perdi este complexo de inferioridade mediante uma lesão cerebral aos 30 anos, no quinto ano de Medicina Unicamp. É muito triste saber que eu precisei enfrentar a morte pra descobrir que eu tinha valor. Falei pro Jô que o pior do racismo não é o negro ser tratado como inferior – o pior é ele sentir-se como tal. Lembro-me de que ele concordou. Minha entrevista com ele pode ser vista em meu site, em banda larga: www.doutoraelaine.com.</i>Ricardo Dagninohttp://www.blogger.com/profile/06334167894552351919noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32432651.post-72850900929651654312009-01-10T13:15:00.000-02:002019-01-04T13:52:28.176-02:00Doutora Elaine Pérola Negra na EPTVEm 1 de janeiro de 2009 a história da Doutora Elaine foi exibida durante o quadro Sonhos na EPTV (TV Globo de Campinas e Região).<br />
<br />
As filmagens foram realizadas no final de 2008. Faz parte de uma série de programas com temática especial para a época. O meu livro autobiográfico "Pérola Negra - História de um Caminho" foi um dos escolhidos quando o assunto foi lutar por "sonhos".<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/u6mcviyA7Po/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/u6mcviyA7Po?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
Ricardo Dagninohttp://www.blogger.com/profile/06334167894552351919noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32432651.post-6849808186282926052008-09-04T13:04:00.000-03:002013-04-24T09:56:39.615-03:00Novo site<div style="text-align: center;">
<br />Visitem o meu site:<br />
<br />
<a href="http://www.draelaine.com/" style="font-size: 130%;"><b>http://www.draelaine.com/</b></a><br />
<br />
Contatos por email:<br />
<br />
<b>elaine@draelaine.com</b><br />
<b>doutoraelaine@draelaine.com</b><br />
<b><br /></b>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfykvliKQlgfbty6CZuQk0MizEdbBnzyXw4aGhI7Ir4NIvSaAubp_U8K648bwGIBor5ow841Xzu4UAxeH1iJJ9lnTS97H2rrPXEXdklInSgQIP1Tv6u2WfHQc5A6H5haN5Z0AMHg/s1600/drelaine.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfykvliKQlgfbty6CZuQk0MizEdbBnzyXw4aGhI7Ir4NIvSaAubp_U8K648bwGIBor5ow841Xzu4UAxeH1iJJ9lnTS97H2rrPXEXdklInSgQIP1Tv6u2WfHQc5A6H5haN5Z0AMHg/s400/drelaine.png" width="307" /></a></div>
<b><br /></b></div>
Elaine Pereira da Silvahttp://www.blogger.com/profile/10112620375195233822noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32432651.post-83514649382776625242008-09-04T13:00:00.001-03:002013-04-24T09:43:37.014-03:00Visitem o site da autora de "Pérola Negra - História de um Caminho"Agora, temos um novo e maior espaço na rede mundial de computadores. Já está no ar o site oficial da Dra. Elaine Pereira da Silva! Visitem: <a href="http://www.draelaine.com/">http://www.draelaine.com</a> e, querendo, comentem as fotos dos eventos. Podem tb assistir ao vídeo com a entrevista da autora no Programa do Jô. Agora já carregado de modo a se poder assistir de uma só vez (em banda larga). Para quem não viu, ou para quem quer rever as coisas seriíssimas e outras engraçadíssimas q foram ditas neste dia. Pelo site, tb é possível comprar o livro, ou conversar diretamente com a autora do livro. Visitem e divulguem!Elaine Pereira da Silvahttp://www.blogger.com/profile/10112620375195233822noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32432651.post-69678440284761748842007-03-19T16:26:00.000-03:002007-03-19T16:31:09.250-03:00ZENTREVISTA - Dra. Elaine no Jornal Zen“Preta, pobre e petulante”. A autodefinição é sugestiva das dificuldades enfrentadas por Elaine Pereira da Silva para conseguir o tão sonhado diploma de Medicina. E que dificuldades! Criada na periferia de São Paulo, filha de pedreiro e empregada doméstica, alcançou seu objetivo mesmo contra todos os prognósticos. Uma vitória pessoal de Elaine, que desde cedo tinha o desejo de ser médica, para ajudar as pessoas a se livrar da dor. Mal sabia ela que teria de senti-la na carne e na alma. Então sem condições de pagar uma universidade particular ou um cursinho, decidiu fazer um curso mais barato – Biologia. Conseguiu se formar, apesar de dormir na maior parte das aulas – um dos sintomas da neurocisticercose, doença causada por larvas presentes na carne de porco. Prestou concurso do Estado e tornou-se professora. Com o salário maior, decidiu resgatar o sonho de se tornar médica. Com muita dificuldade, fez dois anos e meio de cursinho e prestou o vestibular. Passou na Unesp, Santa Casa e Unicamp. Optou pela última, onde morava de graça e recebia uma bolsa. Negra, pobre e introvertida, Elaine teve a situação agravada em 1993, quando estava no 5º ano de Medicina. Nessa época, foi internada pela primeira vez e ficou quatro dias em coma. Só então teve seu problema definitivamente diagnosticado. Ela conta que “enlouqueceu”, acabou em cadeira de rodas, passou por três cirurgias e quase morreu. Ao todo, foi internada 18 vezes. Ao fim de nove anos, finalmente conseguiu o tão sonhado diploma e superar a doença. Aos 44 anos, depois de trabalhar na rede pública de saúde, Elaine convive com seqüelas, como fortes dores. Mas nada que impeça de assistir, de forma voluntária, crianças e adultos de uma favela de Campinas – promessa feita a Deus nos anos de cursinho. Nesta entrevista exclusiva ao JORNALZEN, Elaine conta um pouco de sua trajetória, marcada pela pobreza, humilhação e preconceito, mas principalmente pela superação.<br /><br />JORNALZEN – Depois de tudo que a sra. passou, como se sente hoje, estando em evidência, sendo até entrevistada no programa de Jô Soares, na Rede Globo?<br />Elaine – Sinto-me muito feliz por estar podendo fazer do limão uma limonada. Minha história foi complicada, bastante difícil, mas tive a grande salvação da humanidade. Tive amor de pouquíssimas pessoas, que fizeram toda a diferença. Tive Deus e dois amigos. Por eles, não me matei e estou de pé. Se não tivesse sido amada pelo Dr. Jamiro [referindo-se ao médico Jamiro da Silva Wanderley] e pelo Dr. Fabrício [referindo-se ao médico Fabrício Caneppele], meu pai e meu irmão brancos, não teria agüentado tudo que agüentei. Hoje, eu prego contra o suicídio, a favor do amor, da amizade, sonho, luta, verdade, esperança. Prego a resistência, com, sem e apesar de tudo. Sempre existe o dia seguinte, mesmo que demore 13 anos, como foi no meu caso.<br /><br />JORNALZEN – Em seu livro Pérola Negra – História de um Caminho, a sra. descreve todo o sofrimento com sua doença e a discriminação que sofreu por ser negra, pobre e aluna de medicina. Porém, também encontrou muitos que a ajudaram.<br />Elaine – Conto no livro de um senhor que me viu chorando quando eu não tinha dinheiro para comprar o remédio que a médica me receitou. Ele me deu 30 reais para que eu comprasse. Fiz questão de anotar o nome dele mesmo sem saber que um dia eu escreveria um livro. E coloquei o nome dele [Valter J. Bortolotto]. Assim como ele, que nunca mais vi, e com outros que tenho contato até hoje, a eles devo tudo. Os poucos que me amaram foram mais fortes que os muitos que não me amaram. Drummond fala que o amor vence o tédio, restaura a pobreza e instaura em nós a imperecível alegria. Eu sou uma mulher de frases, e essa é a frase da minha vida. O amor é a panacéia, a salvação para todos os males da humanidade. Tudo que há de ruim no mundo é a falta de amor. Tudo que há de bom é presença de amor. É o amor que salva as pessoas e é a falta dele que as mata as faz matarem as pessoas. Pensei em suicídio por três anos, por causa de uma dor de cabeça insuportável. Hoje, digo o seguinte: suicídio, a gente sempre deve deixar para amanhã, porque o amanhã nunca chega. No amanhã, as idéias suicidas perdem o sentido. Hoje, dou graças a Deus de estar aqui, pois posso ter algumas alegrias, posso fazer meu trabalho voluntário na favela. Escrevi um livro e, através dele, faço outras pessoas refletirem.<br /><br />JORNALZEN – Qual o peso de ser mulher, negra, pobre e médica no Brasil?<br />Elaine – Sempre digo que sou “PPP” – preta, pobre e petulante. O fato de ser mulher pesa. O fato de ser pobre pesa mais. O fato de ser negra pesa ainda mais. E o fato de ter ficado louca, em função de uma lesão cerebral causada pela neurocisticercose que tive, pesa muito mais. Quanto a ter me formado médica, diria que a medicina é uma profissão de elite. Não é para negros nem para pobres, muito menos para ex-doentes mentais. Sou uma médica com “graves defeitos”: sou negra, pobre, ex-louca e honesta. Quando estava no cursinho, pedi a Deus que me ajudasse a entrar em medicina na Unicamp, onde só entra branco e rico, e prometi que atenderia as pessoas pobres. Ele estava de plantão no céu nesse dia, e também no dia em que fui parar na UTI, e disse: “Você vai passar poucas e boas, mas um dia vai cumprir a promessa que me fez”. E porque Deus queria uma médica na favela da Vila Brandina, onde faço meu trabalho voluntário há nove anos, é que estou viva ainda. É muito complicado quando se tem tantos estigmas a vencer. Não posso dizer que os venci. Eles existem, são muito fortes. Mas eu os transcendi. Para que a gente melhore nossa sociedade, é preciso que as pessoas tenham coragem de se pronunciar. Esses dias, li que o que mais preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons. Mais do que fazer a nossa parte, a gente tem que alardear o que é certo. Não dá só pra ser honesto e ficar quieto. A gente tem que cultivar e cultuar a bondade e o amor nesse planeta, porque o que a gente vê é o culto à mentira, ao roubo. Eu acredito, como dizia minha mãe, que a honestidade deve ser bandeira permanente, mesmo que para quem seja honesto seja mais difícil vencer, e é. Apesar disso, temos de nos apegar a essa bandeira. É por causa da falência da bandeira de paz que foi arrastado e morto um menininho de 6 anos. O importante não é ter. É ser. Por que tantas meninas têm morrido de anorexia? Por causa do culto à forma em detrimento da essência. Os valores estão invertidos. Precisamos nos unir para mudarmos isso. Essas bandeiras, que são tantas, transcendem os “PPP”. É por toda a humanidade.<br /><br />JORNALZEN – Costuma-se acreditar e dizer que não existe racismo no Brasil. O que teria a nos dizer a respeito?<br />Elaine – Quem leu meu livro sabe o que é racismo no Brasil. Lá, vão encontrar vários exemplos. O racismo é enorme no Brasil, mas é mitigado. É disfarçado. Por isso, meu livro pretende ser iconoclasta. Quer derrubar ou no mínimo abalar o mito da democracia racial no Brasil. O racismo é muito grande, mas, como em toda sociedade hipócrita, é sutil. Nos Estados Unidos, por exemplo, onde a coisa é escancarada, as pessoas se armam contra e, assim, podem se proteger tanto emocionalmente quanto legalmente. No Brasil é sutil, então há brancos e negros que o negam, a maioria por hipocrisia, alguns poucos por ignorância mesmo. O negro só descobre o tamanho do racismo quando se expõe. Minha mãe, por exemplo, nunca foi discriminada em seu trabalho de empregada doméstica, enquanto eu, como médica, sempre fui – sutilmente, claro. O negro serve para o trabalho físico, mas não para o intelectual. Para conseguir uma vaga num emprego, tem que ser melhor que um branco. Se for igual, a vaga será dele. Então, acho que a gente tem de saber que existe para poder lutar contra. O mal, a gente só combate quando sabe que ele existe. Estou fazendo a minha parte, denunciando em quaisquer níveis que me dêem voz.<br /><br />JORNALZEN – Com tudo o que a sra. passou , o que a fez alcançar o seu sonho?<br />Elaine – Principalmente, a persistência. Há um provérbio chinês que diz o seguinte: “Um punhado de paciência é mais importante que um barril de talentos”. Pensei em desistir milhões de vezes, mas, como escrevo no meu livro, a palavra desistir não existe no meu dicionário de vida. E por não saber como se fazia para desistir, continuei. Foi por absoluta garra, empenho, apesar de todos os pesares, contra todas as expectativas de quase o mundo inteiro. Quase todos acharam que eu não iria conseguir. Primeiro, nunca iria entrar em medicina, muito menos numa universidade estadual. Pois eu entrei em duas: Unicamp e Unesp. Depois de já ter me formado em biologia. Então, no 5º ano, eu vou para a UTI e fico louca, e todos pensaram que nunca mais seria médica. Mas eu digo que nunca é tempo demais para quem tem Deus no céu e trabalho na terra. Não há lesão cerebral que segure. Se você tiver muita fé, muito trabalho e muita paciência, consegue chegar onde quiser.<br /><br />JORNALZEN – Quais são os seus planos daqui para frente?<br />Elaine – Digo que meu primeiro livro quem escreveu foi Deus, porque foi a minha trajetória até aqui. A pérola é uma agressão que entrou na ostra e, para se defender, ela cobre com mantos de naca o que entrou, que pode ser, por exemplo, um pouco de areia. Aquilo vai se cristalizando e forma uma pérola. Existe um pensamento que diz que ostras que não foram agredidas não produzem pérolas. Por isso, Pérola Negra é um título perfeito para mim. Por sugestão de meu amigo Jamiro, quero escrever sobre uma utopia, onde não vou contar o que eu vi e, sim, o que não vi. Sobre como seria um mundo correto. Talvez o título será Pérola Negra Sonha um Novo Caminho.<br /><br />JORNALZEN – Que mensagem deixaria para nossos leitores?<br />Elaine – Essa história de que mulher, negro e homossexual são inferiores é um estereótipo imbecil. Conheço pobres e ricos maravilhosos, pobres e ricos medíocres, analfabetos e doutores idem; brancos e negros idem. Os valores são morais. O que importa, o que realmente afeta o mundo é o coração e o cérebro das pessoas, e o que elas fazem regidas por eles com suas mãos.<br /><br />Fonte: <a href="http://www.jornalzen.com.br">www.jornalzen.com.br</a>Unknownnoreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-32432651.post-1170058676709785572007-01-29T06:16:00.000-02:002007-02-01T18:18:22.513-02:00Dra. Elaine (Pérola Negra) na Rede TV!<blockquote><p>Caros amigos,</p><p>a entrevista da Dra. Elaine com Luiz Gasparetto, da Rede TV, programa "Encontro Marcado", será exibida no dia 31/01 (quarta-feira) das 13h45m às 14h30m. </p><p>Foram tratados temas polêmicos como racismo, erro médico, saúde pública e a entrevista agradou ao público presente (q aplaudiu várias vezes) e ao pessoal da emissora.</p><p>Podendo, assistam, divulguem e comentem, aqui, no Multiply e no Orkut!</p><p>Atenciosamente,</p><p>Marina Viana</p><p>Assessora de Imprensa </p></blockquote>Unknownnoreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-32432651.post-1159806645429900722006-10-02T13:29:00.000-03:002006-10-02T13:30:45.436-03:00Lancamento do livro na CASA DAS ROSAS, Avenida PaulistaCaros amigos,<br /><br />a história da nossa Pérola Negra está, aos poucos, ganhando espaco na mídia e chegando aos quatro cantos do mundo.<br /><br />O próximo evento de lancamento do livro "Pérola Negra - História de um Caminho" acontecerá nessa sexta-feira, dia 6 de outubro, na mais paulista das avenidas, e em um espaco tombado pelo patrimônio histórico: na CASA DAS ROSAS, Av. Paulista, 37. O evento acontece das 17 às 21 horas, com palestra, venda de livros e sessao de autógrafos.<br /><br />A Casa das Rosas fica bem no comeco da Avenida Paulista, entre as estacoes do metrô Paraíso e Brigadeiro, próxima à Praca Osvaldo Cruz, ao Shopping Paulista e ao Hospital Santa Catarina.<br /><br />A quem puder comparecer, será muito bem-vindo! Caso nao possa comparecer, indique o programa a um amigo, sugerindo um happy-hour literário na Casa das Rosas.<br /><br />Lembramos que a Dra. Elaine tem uma comunidade no Orkut, onde as pessoas podem participar e fazer comentários e encaminhar observacoes/sugestoes, assim como podem fazê-lo pelo Blog. O endereco da comunidade no Orkut é <a href="http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=4981814">http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=4981814</a><br /><br />Agradecemos a atencao de todos!<br /><br />Atenciosamente,<br /><br />Marina Viana<br />Assessora de ImprensaUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32432651.post-1155986193118033932006-08-19T08:15:00.000-03:002006-08-19T08:16:33.133-03:00Dra. Elaine no OrkutCaros amigos,<br /><br />a Dra. Elaine tem uma comunidade dedicada a ela e sua licao de vida no orkut.<br /><br />Convidamos todos voces a participarem, colocando tópicos que possam contribuir para uma troca sadia e proveitosa a todos.<br /><br />O link da comunidade é <a href="http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=4981814">http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=4981814</a><br /><br />Abraco<br /><br />Marina Viana<br />Assessora de ImprensaUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32432651.post-1155961144657217002006-08-19T01:10:00.000-03:002019-01-04T13:52:36.004-02:00Dra. Elaine no Programa do JôEm 17/08/2006 foi ao ar a entrevista da Doutora Elaine no Programa do Jô Soares.<br />
<br />
Apresentamos a seguir a entrevista em duas partes:<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
Parte 1 de 2</div>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/kfCilWjj_hU/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/kfCilWjj_hU?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Parte 2 de 2</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/IfwyvqqrhfY/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/IfwyvqqrhfY?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhH6BzRsExpfu62j0szyQYEpqUw4TjpET3qTR-F_-ynscqM6x3zSJJPWjA1XoyVeYFj1JmlUmZUW80KxmWxQnbDkKs5MJupfQJx6K95FdIPF3yD34ig84cXRqqlvDDwHjkaL3Zlpw/s1600/Elaine-no-programa-do-Jo2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="170" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhH6BzRsExpfu62j0szyQYEpqUw4TjpET3qTR-F_-ynscqM6x3zSJJPWjA1XoyVeYFj1JmlUmZUW80KxmWxQnbDkKs5MJupfQJx6K95FdIPF3yD34ig84cXRqqlvDDwHjkaL3Zlpw/s200/Elaine-no-programa-do-Jo2.jpg" width="200" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6KaBjEqrD8kv7g5ODE8ThVn95SECKz0BWzMjj4XdQccQW7_dJ34oEOu6_ehPCJ_C0DuVSvW6n3MOvu-b0ARzBJSSIsyql5PJTp0Jj9R8Yp8NaGU-hx-fALqF_PzfsndBFzHu_PQ/s1600/Elaine-no-programa-do-Jo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="172" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6KaBjEqrD8kv7g5ODE8ThVn95SECKz0BWzMjj4XdQccQW7_dJ34oEOu6_ehPCJ_C0DuVSvW6n3MOvu-b0ARzBJSSIsyql5PJTp0Jj9R8Yp8NaGU-hx-fALqF_PzfsndBFzHu_PQ/s200/Elaine-no-programa-do-Jo.jpg" width="200" /></a></div>
</div>
<br /></div>
Ricardo Dagninohttp://www.blogger.com/profile/06334167894552351919noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-32432651.post-1155743597867669822006-08-16T12:52:00.000-03:002006-08-18T01:39:01.293-03:00Entrevista no Jô é na quinta, dia 17/08gente,<br /><br />a entrevista no Programa do Jô vai ao ar na quinta-feira, dia 17/08.<br /><br />Tenho certeza de que valerá a pena ir dormir mais tarde!<br /><br />MarinaUnknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-32432651.post-1155318272452955042006-08-11T14:43:00.000-03:002006-08-18T01:13:42.840-03:00No Programa do Jô!! (Em breve)<p class="MsoNormal" style="line-height: 140%; text-align: left;"><span style="font-family: Tahoma; color: rgb(85, 85, 85);">Dra. Elaine vai ser entrevistada por Jô Soares na tarde de terça-feira (15/08), nos estúdios da Rede Globo <st1:personname productid="em São Paulo.I" st="on">em São Paulo.<br /><br /> I</st1:PersonName>rá ao ar na mesma semana!!<br />A data de exibição não está confirmada, acompanhem a programação na terça, quinta ou sexta-feira.<o:p></o:p></span></p><div style="text-align: left;"> </div>Elaine Pereira da Silvahttp://www.blogger.com/profile/10112620375195233822noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-32432651.post-1155318107403422742006-08-11T14:37:00.000-03:002006-08-11T14:46:16.343-03:00No Jornal Correio Popular<div style="text-align: left;"> </div><p style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: left;"><span style="text-transform: uppercase;font-family:Verdana;font-size:85%;" ></span><span style="font-family:Arial;"> <o:p></o:p></span></p><div style="text-align: left;"> </div><p style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: left;"><strong><span style="color: rgb(0, 51, 102);font-family:Arial;font-size:14;" ><o:p> </o:p></span></strong></p><div style="text-align: left;"> </div><p style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;"><span style="font-size:180%;"><strong><span style="color: rgb(0, 51, 102);font-family:Arial;" >Autobiografia relata trajetória de superação</span></strong></span></p><p style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;"><span style="font-size:130%;"><strong><span style="color: rgb(0, 51, 102);font-family:Arial;" ><br /></span></strong></span></p><span style="text-transform: uppercase;font-family:Verdana;font-size:85%;" ></span><p style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;"><span style="font-size:130%;"><strong></strong></span><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://photos1.blogger.com/blogger/3999/3562/1600/clip_image002.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="http://photos1.blogger.com/blogger/3999/3562/320/clip_image002.jpg" alt="" border="0" /></a><span style=";font-family:Arial;font-size:8;" ><o:p></o:p></span></p><div style="text-align: left;"> <p style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: left;"><span style="font-size:85%;"><b><span style="font-family:Verdana;">Correio Popular </span></b></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:85%;" >Campinas, sábado, 5/08/2006<o:p></o:p></span></p> <div style="text-align: left;"> </div> <p style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: left;"><span style="text-transform: uppercase;font-family:Verdana;font-size:85%;" ><o:p> </o:p></span></p> <div style="text-align: left;"> </div> <span style="text-transform: uppercase;font-family:Verdana;font-size:85%;" >Caderno C</span><p style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><b><br /></b></p><p style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><b>Katia Fonseca<o:p></o:p></b></p> <p style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size:78%;">DA AGÊNCIA ANHANGÜERA</span></p> <p style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size:78%;"><a href="mailto:%20katiaf@rac.com.br"><span style=";font-family:Arial;" >katiaf@rac.com.br</span></a></span></p> <p style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p style="text-align: justify;">Mulher, negra e de origem pobre, Elaine Pereira da Silva conseguiu realizar seu sonho de menina e formar-se em Medicina pela Unicamp. Mas, como disse o poeta Torquato Neto —, um dos fundadores do movimento tropicalista da década de 70 — “não se vive intensamente sem punição”. Principalmente quando se é negro num país dissimulado como o Brasil. Assim, Elaine sofreu todos os tipos de discriminação racial e econômica (e em todos os níveis sociais, de professores a faxineiros).</p> <p style="text-align: justify;">Sua saga, que ainda não terminou, ela conta no livro Pérola Negra — A História de um Caminho, da Editora Komedi. Os relatos abrangem os fatos mais marcantes da vida da escritora desde sua infância até 1998. “Mas nesses oito anos, do final do livro até hoje, tenho material para outra obra e já tenho até o título: Pérola Negra — Com os Pés no Mundo”, diz a médica. Fato lamentável, já que esse “material” a que ela se refere é composto, fundamentalmente, de episódios de racismo e maus tratos.</p> <p style="text-align: justify;">Como se fossem poucos os motivos para discriminação, além de mulher, negra e pobre, Elaine sofreu uma lesão cerebral, em 1993 (quando estava no 5 ano de Medicina), segundo ela, por negligência médica (o clínico responsável está sendo processado por ela). Após quatro dias em coma e muitas idas e vindas a hospitais, foi diagnosticado — tardiamente — neurocisticercose. “É a doença provocada por um verme presente na carne de porco que se aloja no cérebro humano”, explica Elaine. Grande parte do livro, a autora dedica a esse assunto, narrando como uma hipersonolência aliada a fortes dores de cabeça lhe incomodaram durante anos sem que qualquer médico procurado por ela tivesse visto, aí, um indício da enfermidade. Coisas de Brasil!</p> <p style="text-align: justify;">Pérola Negra é o testemunho de um sofrimento atroz, tanto físico quanto psicológico. A doença gerou um desequilíbrio mental temporário, o que afastou Elaine do convívio social. “Tive ao meu lado apenas Deus e dois amigos: Fabríco Caneppele e Jamiro da Silva Wanderley”, conta a médica que faz questão de citar nominalmente os dois médicos, seus mestres e grandes companheiros.</p> <p style="text-align: justify;"><b>Literatura<o:p></o:p></b></p> <p style="text-align: justify;">Do ponto de vista literário, o livro de Elaine deixa a desejar. É prolixo, recheado de detalhes dispensáveis — como a íntegra de redações escritas pela autora em época escolar ou reproduções de poesias ou letras de músicas enormes e inteiras — e usa e abusa das epígrafes (120!). Mas como relato, como testemunho de vida e como raio X de uma nação subdesenvolvida econômica e socialmente, na qual impera o preconceito e a inversão de valores, é estupendo. A leitura flui — apesar dos problemas de estilo —, instigada pelo turbilhão de injustiças, contratempos e inépcia médica que, literalmente, abalrroaram a vida de Elaine.</p> <p style="text-align: justify;">Mal ela consegue vencer um obstáculo — seja acadêmico (precisou fazer em nove anos o curso de Medicina por causa da doença), sentimental (casamentos desfeitos, traição de amigos) ou intelectual (perda de memória, hipersonolência) — outro vem em seguida, na próxima “esquina” da vida.</p> <p style="text-align: justify;"><b>Livro e palestras<o:p></o:p></b></p> <p style="text-align: justify;">Mas Pérola Negra trouxe a redenção para sua autora e, hoje, ela afirma de boca cheia: “Em 13 anos, os últimos dois meses foram os mais felizes da minha vida!”. Com o lançamento do livro, em abril deste ano, um novo mundo se abriu para a médica que diz, agora, praticar “a medicina da alma, não mais do corpo”. Seu exemplo de superação tem ajudado muitas pessoas e ela passou a ser convidada para proferir palestras, contando sua saga e deixando como mensagem algo parecido com o que já disse Fernando Pessoa: “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”.</p> <p style="text-align: justify;">Elaine, com 43 anos, está aposentada (obteve o benefício por causa das seqüelas da lesão cerebral) e, hoje, só faz o que gosta: clinica voluntariamente na favela da Vila Brandina aos sábados de manhã, cuida de seu cachorro e transmite sua mensagem aos desvalidos e desesperançados, no melhor estilo “auto-ajuda”. Seu mote principal: “Não desista nunca, pois ‘sonhos não envelhecem’”.</p> </div>Elaine Pereira da Silvahttp://www.blogger.com/profile/10112620375195233822noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32432651.post-1155182732958817962006-08-10T01:00:00.001-03:002021-02-17T10:52:44.754-03:00O Livro: Pérola Negra - História de um Caminho<div style="text-align: center;">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuRebzhS64ASf6lotKdITSEZWDEUl1OpCeowcn08LSMXnzDr0ZVx954bnVoldc42bErI5FVDW3jBfQfav4gYWbuJe0n1tdv4LvbDb3D1l9wVfiGJ5cJERbcIszmYMDNaj-7Tu6Bw/s1600/ElaineLIVRO.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuRebzhS64ASf6lotKdITSEZWDEUl1OpCeowcn08LSMXnzDr0ZVx954bnVoldc42bErI5FVDW3jBfQfav4gYWbuJe0n1tdv4LvbDb3D1l9wVfiGJ5cJERbcIszmYMDNaj-7Tu6Bw/s320/ElaineLIVRO.jpg" width="320" /></a></div>
<br /></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-weight: bold;">Orelha do livro escrita por Rubem Alves:</span></div>
<br />
<span style="color: #006600;">Elaine Pereira da Silva, médica: isso diz muito pouco. Há milhares de médicos com diplomas iguais. A coisa não está nem na partida e nem na chegada; está na travessia, diz Guimarães Rosa. Ser médica é a chegada, estrela que a guiou na noite escura. Mas o sangue e a carne da Elaine estão na travessia, na longa, tortuosa, descontínua e sofrida caminhada para se chegar a esse lugar. Verdade para ela; verdade para nós. Somos o caminho que nos trouxe até o lugar onde estamos. Para se saber quem somos é preciso andar pelos caminhos que trilhamos. E é isso que ela faz: ela conta o caminho. E caminhamos com ela. Negra, mulher, pobre, atingida por lesão cerebral – ela conheceu todo tipo de discriminação, discriminação universal num país que se diz sem preconceitos. Mas havia sempre pessoas amigas que lhe dessem a mão ou emprestassem o ombro. São essas pessoas que tornam a vida digna de ser vivida. Disse que ela chegou: é médica. Errado. Somente os mortos chegam. “Sou uma despedida em cada chegada”, dizia Nietzsche.</span><br />
<br />
<span style="color: #006600;">Estamos sempre a caminho. Só há caminhos. Somos caminhos. Mas, pelo caminho ela foi colhendo deliciosos aforismos retirados da poesia, da filosofia e da literatura, o que nos faz saber que enquanto caminhava através dos difíceis caminhos do aprendizado da ciência médica ela se alimentava não de ciência médica mas de sabedoria. Medicina não é pão. É panela...</span><br />
<br />
<span style="color: #006600;">Esse é um livro de sonho, sofrimento, determinação e coragem. Quem o ler ficará maior. Mas pode ser que fique diferente.</span><br />
<br />
<span style="color: #006600;">Se eu falar mais estarei saindo da orelha. O livro é o resto do corpo da Elaine.</span><br />
<br />
<span style="color: #006600; font-weight: bold;">Rubem Alves</span><br />
<br />
<h3 style="text-align: left;"><span style="font-size: medium;">Encomende o livro com a Dr. Elaine em <a href="http://doutoraelaine.blogspot.com.br/p/contato.html">Contatos</a>.</span></h3><span style="font-size: 85%;"><span style="text-decoration: underline;"></span></span>Ricardo Dagninohttp://www.blogger.com/profile/06334167894552351919noreply@blogger.com53tag:blogger.com,1999:blog-32432651.post-1155182187411785192006-08-10T00:52:00.000-03:002006-08-11T14:42:15.783-03:00Lançamento do livro Pérola Negra<p style="text-align: center;font-family:trebuchet ms;"><span style="font-size:130%;"><b><span style="color: rgb(0, 0, 128);">Após superar dificuldades financeiras, problemas de saúde e preconceito, médica lança sua autobiografia</span></b></span></p><p style="text-align: left;">A trajetória de Elaine, marcada pela pobreza, humilhação e preconceito, mas principalmente pela superação, está contada no livro autobiográfico “Pérola Negra – História de um Caminho” (Editora Komedi), que ela lançará no próximo dia 28 de abril, a partir das 15h, no Salão Nobre da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp. A orelha do livro é assinada pelo escritor Rubem Alves. Segundo ele, quem ler o livro “ficará maior”.<br />A tarde de autógrafos contará com uma extensa programação artístico-cultural, que pode ser conferida abaixo. A divulgação da obra terá continuidade no dia 3 de maio, no Clube Semanal de Cultura Artística; e no dia 13 de maio, no Centro de Convivência Cultural, ambos em Campinas.<br /><br />Das 15 às 16h<br />Grupo de Teatro "Blind and Company" encenando a peça “Consciência sim, preconceito não”<br /><br />Das 16 às 17h<br />MPB com Henrique Torres e convidado<br /><br />Das 17 às 19h<br />MPB com Antonio Carlos Montone<br /><br />Das 19 às 19h20<br />Mágica com o médico Jamiro Wanderley<br /><br />19h20m às 20h<br />Palestra e poesia "Cântico Negro" com a autora do livro<br /><br />20h<br />Encerramento com Coral Gospel Kadmiel - Regente Nilton Silva e apresentação de dança com Paula Salles<br /></p><p style="text-align: center;"><b><span style="color: rgb(0, 0, 128);font-family:Arial;" ><span style="font-family:georgia;">Programação completa da festa de lançamento disponível no Jornal Integração. </span><a style="font-family: georgia;" href="http://www.djweb.com.br/integracao/200406/medica.htm">Clica aqui.</a><br /></span></b></p>Ricardo Dagninohttp://www.blogger.com/profile/06334167894552351919noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32432651.post-1155181894671057692006-08-10T00:47:00.000-03:002006-08-11T14:43:27.746-03:00No jornal da Unicamp (2006)<span style="font-size:130%;">Por que os sonhos não envelhecem</span><br /><i><span style="font-size:85%;">Negra, filha de pedreiro e de empregada doméstica, médica conta em livro sua dura luta pelo diploma</span></i><b><span style=";font-family:Arial,Helvetica,Geneva,Swiss,SunSans-Regular;font-size:130%;" >.<br /></span></b><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://photos1.blogger.com/blogger/5608/2602/1600/ju320pg11a.jpg"><img style="cursor: pointer;" src="http://photos1.blogger.com/blogger/5608/2602/320/ju320pg11a.jpg" alt="" border="0" /></a><br /><span style="font-size:130%;">E</span>laine Pereira da Silva deu de ombros para o destino. Negra, filha de pai pedreiro e mãe empregada doméstica, desejou desde cedo cursar Medicina. Motivo: ajudar as pessoas a se livrar da dor. Mesmo contra todos os prognósticos, alcançou o objetivo almejado. Graduou-se por uma das melhores universidades do país, a Unicamp. Hoje, aos 43 anos, precocemente aposentada por causa de uma lesão neurológica, continua assistindo de forma voluntária crianças e adultos de uma favela de Campinas. E mostra-se gratificada por cumprir a missão que se impôs. “Sabe por que eu consegui? Porque os sonhos não envelhecem”, afirma, tomando emprestado os versos compostos por Lô Borges para a canção “Clube de Esquina 2”. A trajetória de Elaine, marcada pela pobreza, humilhação e preconceito, mas principalmente pela superação, está contada no livro <i>Pérola Negra – História de um Caminho</i> (Editora Komedi), que ela lançará no próximo dia 28 de abril, a partir das 15h, no Salão Nobre da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp. A orelha do livro é assinada pelo escritor Rubem Alves. Segundo ele, quem ler o livro 'ficará maior'."<br /><br />Confira a reportagem completa sobre Dr. Elaine no Jornal da Unicamp de 24-30 de Abril de 2006. <a href="http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/abril2006/ju320pag11a.html">Clica aqui.</a>Ricardo Dagninohttp://www.blogger.com/profile/06334167894552351919noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32432651.post-1155181290849364312006-08-10T00:36:00.000-03:002006-08-11T14:43:07.016-03:00No jornal da Unicamp (2003)<span style=";font-family:Arial,Helvetica,Geneva,Swiss,SunSans-Regular;font-size:180%;" >"E</span><span style=";font-family:Arial,Helvetica,Geneva,Swiss,SunSans-Regular;font-size:85%;" >laine Pereira da Silva não conhece ou simplesmente ignora o significado do verbo desistir. Filha de pai pedreiro e mãe empregada doméstica, desde criança desejava cursar Medicina para ajudar as pessoas a se livrar da dor. Hoje, aos 40 anos, ela atende como clínica no Posto de Saúde de Sousas, distrito localizado na região leste de Campinas, onde cumpre a missão que se impôs. Num país como o Brasil, essa mulher já seria um exemplo de superação apenas pelo fato de ter vencido limitações financeiras que impedem que a imensa maioria de jovens de origem semelhante curse a universidade. Mas ela teve que fazer mais. Além da pobreza, teve que vencer preconceitos e a doença. Elaine é negra e portadora de uma lesão neurológica. "Sabe por que eu consegui? Porque os sonhos não envelhecem" , afirma, emprestando os versos compostos por Lô Borges para a canção 'Clube de Esquina 2'."</span><span style="font-size:100%;"><br /><br /></span><div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://photos1.blogger.com/blogger/5608/2602/1600/pag11-213f01.jpg"><img style="cursor: pointer; width: 195px; height: 358px;" src="http://photos1.blogger.com/blogger/5608/2602/320/pag11-213f01.jpg" alt="" border="0" /></a><br /></div><span style=";font-family:Arial,Helvetica,Geneva,Swiss,SunSans-Regular;font-size:85%;" ><br /></span><span style="font-size:100%;">Reportagem publicada no <a href="http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/maio2003/ju213pg11b.html">Jornal da Unicamp</a>, de 19-25 maio de 2003.</span>Ricardo Dagninohttp://www.blogger.com/profile/06334167894552351919noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32432651.post-1155178467093170022006-08-09T23:50:00.000-03:002019-01-04T13:39:19.714-02:00Elaine na TVBEm julho de 2006 a Doutora Elaine foi entrevistada na TVB, representante da SBT na região de Campinas.<br />
<br />
<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/5608/2602/1600/elaine-tvb.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" src="https://photos1.blogger.com/blogger/5608/2602/320/elaine-tvb.jpg" style="display: block; height: 190px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 246px;" /></a><br />
<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/5608/2602/1600/elaine-tvb2JPG.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" src="https://photos1.blogger.com/blogger/5608/2602/320/elaine-tvb2JPG.jpg" style="cursor: pointer; float: right; height: 254px; margin: 0pt 0pt 10px 10px; width: 265px;" /></a><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/5608/2602/1600/elaine-tvb-livro.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" src="https://photos1.blogger.com/blogger/5608/2602/320/elaine-tvb-livro.jpg" style="cursor: pointer; float: left; height: 249px; margin: 0pt 10px 10px 0pt; width: 264px;" /></a><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />Ricardo Dagninohttp://www.blogger.com/profile/06334167894552351919noreply@blogger.com2